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Regressando à vida real

Aaaaiiii, voltar a trabalhar.... Ainda não foi hoje, mas está para breve. E o meu coraçãozinho de mamã está já pequenino, cheio de saudades da bomboca cá de casa.

Há uns tempos atrás, mais precisamente em Maio (uns dias antes da Margarida nascer), quando reflectia sobre o como seria estar 5 meses inteiros sem trabalhar... pensava honestamente que iria chegar ao fim da licença completamente farta de estar em casa. Afinal, já desde os 6 anos de idade que o máximo de férias seguidas que tive foram 3 meses. E nessas alturas, quando Setembro chegava estava já deserta de regressar ao "trabalho" (à escola, portanto). E agora não seria diferente, pois iria começar a trabalhar num local novo, com uma lista de utentes e um gabinete só para mim... a minha motivação para regressar ao trabalho deveria ser bombástica.

... Mas não. Nessas minhas reflecções, esqueci-me sempre de um pormenor importante. Os 5 meses que tinha pela frente na altura não eram férias. Eram, isso sim, o início de uma nova etapa de vida.

Há uns tempos atrás, mais precisamente em Maio (uns dias antes da Margarida nascer), desconhecia vários pequenos prazeres: acordar com os olhinhos sorridentes de uma criança palrante logo pela manhã (às vezes às 05, outras vezes às 06, e  nos dias de grande sorte já a passar das 08:00!); brincar com os pés dela na muda de cada fralda; dar de mamar com toda a calma e tranquilidade como se nada mais houvesse para fazer; passear com ela no parque e vê-la a descobrir o mundo pela primeira vez.... esses pequenos prazeres que só as mães compreendem verdadeiramente, porque são eles que no fim de cada dia apagam os nervos e a irritação (frutos da privação de sono e das birras e dos gritos e sabe-se lá mais o quê) e nos fazem adormecer com um sorriso. São esses pequenos prazeres que queremos guardar bem na memória, porque sabemos que não duram para sempre.

E agora, começar a preparar o regresso ao trabalho (leia-se trabalho remunerado, porque estou convicta que nunca trabalhei tanto como nestes últimos meses). Aproveitar a hora da sesta para rever as matérias que entretanto foram enferrujando na memória, visitar o futuro gabinete e pensar como o tornar funcional e ao mesmo tempo agradável, ir às reuniões de serviço... Sabe bem, não vou dizer que não... Mas ao mesmo tempo...

Nem sei explicar.

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