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Entristecida

Poucas coisas me deixam entristecida. Muitas deixam-me chateada, enervada, zangada até...! Mas poucas me deixam asssim....

... entristecida.

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Sozinha



Eu

Em cima da minha cama

No meu quarto

Na minha casa

Na minha rua

Na minha cidade

No meu país

No meu continente

No meu planeta

Na minha galáxia

No meu Universo....



E tu? onde estás?

...

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Será a vida assim tão previsível?

Será a vida assim tão previsível?

Num outro blog, encontro mais um desafio. Onde é que eu, há 2 anos atrás, me imaginava hoje?

Dois anos... tanto tempo, que, no entanto, passa a correr (olhando agora em retrospectiva). Curioso como as coisas funcionaram mais ou menos conforme planeadas. Para uma pessoa que pouco mais faz que comer, dormir e estudar, não me imaginaria noutro sítio se não onde estou hoje. Há dois anos, estava em 2006, com 21 anos de idade, e mais dois longos anos de curso pela frente. Hoje estou em 2008, com 23 anos de idade, e a acabar esse mesmo curso. Planos passados? Basicamente, resumem-se a acabar o curso. Era esse o grande desafio da altura. E cá estou, hoje, a acabá-lo. Desafios paralelos? Sei lá... tantos, muitos esquecidos, outros realizados, outros em fase de estagnação (aguardando pacientemente que alguém lhes dê atenção).

Imaginava-me muito diferente? Não sei... É difícil lembrar-me hoje de como eu, há 2 anos atrás, me acharia em 2008. Mas duvido que me imaginasse diferente. Tirando o grande evento que deu outra cor à minha vida (estamos a falar de assuntos apaixonantes, portanto :P), nada de extraordinário aconteceu a ponto de mudar o que eu sou no presente. Talvez tenha ganho alguma maturidade, especialmente no que toca a realidades com as quais fui obrigada a confrontar-me (mortes e afins...). No entanto, e apesar de admitir que houve alterações passageiras, hoje encontro-me basicamente igual àquilo que fui há 2 anos atrás. Um pouco mais sábia (espero), mais madura (quase que inevitável, o tempo tem destas coisas - amadurece tudo o que apanha), com uns quilitos a menos (IUPI! apesar de serem poucos, e não se notar... :P), e uns quantos amigos a mais (sempre benvindos).

Onde estarei daqui a 2 anos? Ora aí está a grande pergunta... Essa é que é muito imprevisível. Acabar um curso tem disso - indefinições quanto ao futuro...

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ODE III

ODE DE UMA TRISTE ESTUDANTE SEM VIDA PRÓPRIA :)

E, uma vez mais,
Sento-me no meu cantinho.
Pego em "Biologia e Terapia Transfusionais"
E estudo outro bocadinho.

Oh, triste arte de estudar,
Tão solitária que tu és!
Sozinha, no meu cantinho, a marrar,
Mantendo-me acordada à custa de cafés...

Ai, se para se ser médica,
Tanto pormenor é preciso decorar,
Mais vale desistir de tamanha sabedoria enciclopédica,
E ir mas é passear!

- Ana -

(Sim, eu sei, a métrica deste está uma desgraça. Mas foi feito à pressa e sem grande preocupação, porque vou, de facto, passear! :P )

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Them


“All of a sudden, I realized ‘them’ was that soldier in front of me—a human being I could just as easily have been going out on a date with. It wasn’t a war machine, it was just a bunch of guys with orders. Right then, it went from being a fun, hip trip to a painful reality.”

Jan Rose Kasmir
21 Outubro 1967
Anti-Vietnam War March

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The Kiss



Fim da II Gerra Mundial

Foto de: Alfred Eisenstaedt.
14 Agosto 1945

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One small step


That's one small step for a man, one giant leap for mankind.

Neil Armstrong
20 Julho 1969

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I Have a Dream


I have a dream that one day this nation will rise up and live out the true meaning of its creed: "We hold these truths to be self-evident: that all men are created equal."

Martin Luther King
28 Agosto 1963

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Um baile

Convenceram-me. Apesar de ainda não ser oficial, acho que me preparo lentamente para me inscrever no baile. Evento importante na vida de todos os finalistas, como sou informada aqui e ali... mais a mais, encontrei o vestido dos meus sonhos. Simplesmente não me serve... Mas isso é outra questão, a ser resolvida assim que encontrar um número acima (e eu vou procurá-lo, sem descansar até encontrar!). Em conversas com uma amiga, ponho-me inclusivamente a olhar para penteados, e, indecisa como sempre, selecciono 2 ou 3 mais fofos... isso depois logo se vê. Agora, só falta os sapatos, e o príncipe encantado. Os primeiros, ainda vá que não vá - apesar de sapatos de cetim castanho não se encontrarem assim tão facilmente, ainda há esperança. Infelizmente, para o segundo, a esperança não existe...



O primeiro (e provavelmente último) baile em que tenho verdadeiramente alguém com quem desejaria passar a noite inteira a dançar (e não só)... e não pode ser. É triste. Verdadeiramente triste... :P

Porque é que o tipo perfeito tem de estar tão longe?

Aaaaaaaiiiiiiiii

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Mais um...


... e mais um adeus, que (infelizmente) começam a ser tão frequentes. Desta vez, 19 dias. Já tenho o calendário em frente à secretária e o marcador vermelho ali pronto a ser usado, pronto a riscar todos os dias que vão passando, um a um, chegando cada vez mais perto do dia em que vou tornar a ter notícias tuas...

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Neve na Serra


Felizes os que foram passar a Páscoa à Serra da Estrela! (Ou não, que o nevão acabou em estradas cortadas...). Mas a serra estava tão branquinha no Domingo de Páscoa!

Infelizmente, apenas a pude apreciar de longe, lá da terriola do meu pai. Mas decidi partilhar a foto. Não tem grande qualidade, é verdade - afinal, foi tirada à pressa. Ainda assim, dá para ver a neve toda lá no alto! :)

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Sono


Tenho sono. É um facto.

O dia de Páscoa foi lindo, mas cansativo, tal como qualquer outro dia que envolva grandes viagens. Mas valeu a pena! Simplesmente aquele acordar mais cedo que o que é considerado saudável, meter-se dentro dum carro durante 2,5 horas, chegar ao destino, disparatar com crianças de 5 anos (com bem mais energia do que eu!!), para no fim voltar para Lisboa (comigo a conduzir!!), com um "pequeno" desvio para visitar as pessoas que nos são queridas mas que estão internadas no hospital, tem muito que se lhe diga. No fim, chega-se a casa tarde e a más horas (23:30... também não foi nenhum exagero, eu é que gosto de dramatizar um bocadinho), mais cansada do que o habitual... e cai-se no erro de ligar o computador. Apenas com a esperança de encontrar cá com quem falar, e poder desejar, mais uma vez, uma feliz Páscoa... E também porque se sabe que alguém estará à espera que eu apareça. É o problema dos telemóveis - a chegada é previsível! :)

... O problema está, de facto, quando se encontra com quem falar, e perde-se a noção do cansaço, esquece-se das horas a passar, e simplesmente se vai despejando a alma, tecla a tecla, esquecendo tudo o resto. Esse é o problema. Pois foi esse pequenino precalço que me deixou neste estado de sono em que me encontro.

Um dia destes faço mal aos homens que andam a construir a casa atrás da minha. Fazer barulho às 8 da manhã não dá com nada para estas noites mal dormidas, que se seguem a dias cansativos. E sim, as obras continuam... Não percebo também - quanto tempo é necessário para fazer uma simples casa?! Céus...

Enfim... mas o facto é que tenho sono. Muito. E estudar anemias aplásicas não está a ter o resultado pretendido. Chatice...

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Era uma vez...

Verão 2007:

Avó - Então e ouve lá, ouvi dizer que o neto da tia (...) te ía escrever uma carta... é verdade?

Eu - Oh avó, alguma vez?! Nem pensar... porque raio é que ele me havia de escrever uma carta?!

Avó - Diz que sim, que ele te queria escrever.

Eu - Oh... está bem.



De cada vez que me lembro como toda esta história começou, dá-me vontade de rir! Tenho saudades desses primeiros momentos...

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Lagrimas Ocultas

Se me ponho a cismar em outras eras
em que ri e cantei, em que era q'rida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...

E a minha triste boca dolorida
Que dantes tinha o rir das Primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!

E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...

E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!

-Florbela Espanca-


(Pouco a ver com o estado de espírito... simplesmente gostei do poema, e apeteceu-me partilhar)

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Aquarela



Digam lá que não é fofo... :)

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Au!

Do Campo de Santana ao Saldanha. Do Saldanha de volta ao Campo de Santana (com uns poucos desvios pelo meio). Do Campo de Santana ao Cais do Sodré.

Permitam-me o pequeno - aaaauuuuuu...! - que se solta agora que os músculos começam a arrefecer! :)

Isto é um sinal claro de como, também eu, faço parte da malta sedentária... Tenho de me pôr em forma! Que isto de passar os dias sentados a olhar para o Harry não pode ser!

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E vai mais um suspiro :)

Depois de um trabalho para apresentar, da versão escrita do trabalho para quem não pode estar a assistir, de um relatório e das perguntas de mais um capítulo do Harry, sento-me finalmente ao computador. Para imprimir o trabalho, claro está... Afinal, tem de ser entregue, sem falta, amanhã. Mas enquanto se espera que a impressora imprima (felizmente é uma impressora já velhinha, demora o seu tempo), dou-me ao luxo de fazer as coisas que realmente apetece fazer. Actualizar o blog, ver o blog dos outros, e pensar... ou antes, sonhar! :) Deixo-me invadir pelo turbilhão de sentimentos que vou suprimindo ao longo do dia, e decido escrever mais um mail. Gradualmente, o cansaço dissipa-se, e o sorriso forma-se novamente nos meus lábios. E penso, uma vez mais, como a vida é realmente algo maravilhoso. A minha, pelo menos.

Aaaaaaiiiiiii, é bom estar assim.


(E vai mais um post lamechas, para aqueles que gostam de implicar comigo por causa disso. Talvez só para os chatear... ou, se calhar, por ser mesmo isto que, neste momento, apetece escrever. :) )

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100%

... Apaixonada

:)

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Provocaçao?

Num blog de uma amiga, encontro um post que adoro. Será provocação, depois de conversas sem sentido que ocupam uma tarde de sábado? :) Ou talvez não... provavelmente surge como efeito das hormonas aos saltos agora que o tempo começa a estar primaveril.

Aqui fica...

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Writer's Block

Writer's Block - aquele síndrome tão comum que ocorre nos escritores (não que eu me considere escritora, mas enfim). Pelos vistos, acontece mesmo. E quando acontece, é tramado. É o texto do relatório de estágio que não sai, é a pesquiza bibliográfica que aguarda silenciosamente que alguém a escreva até segunda, é o blog que já começa a ganhar pó (afinal, já há mais de 24 horas que não surge aqui novo post - oh drama!)... Enfim. Writer's block.

Ontem não postei, hoje esforcei-me por arranjar tema para um post, e nada saía. Cheguei mesmo a implorar ajuda a adolescentes que entraram de férias há apenas umas horinhas... A sugestão foi pior que má. "Fala sobre o tempo...". Yeah, right. Como se isso tivesse algum interesse. Não é por nada, mas acho que os meus posts que falam sobre nada (que se vão acumulando aos poucos aqui no blog... eu adoro fazer-vos perder tempo precioso das vossas vidas, pelos vistos) têm mais interesse que falar sobre o tempo. Afinal, o tempo é visível por todos, não tem mistério nenhum. Qual é a ideia de afirmar constantemente "hoje está calor", "que frio!", "já viu a chuva?!"... Essa última é a melhor delas todas. "Não, não vi... sabe, está a chover torrencialmente, estou na rua com um guarda-chuva aberto, ensopada da cintura para baixo, e não dei conta que estava a chover... quem diria?!" - é o que apetece responder. :)

Portanto, cá estou eu a desabafar esta falta de imaginação que me invade de vez em quando. Sem nada para postar... ridículo. Com tantas palavras, e incapaz de as organizar num texto curioso/interessante/divertido/whatever... Treta.

O tempo... ora bem, falemos então sobre o tempo. Cinzento, repararam? Comentei isso hoje com alguém. (É verdade, critico, mas também o faço...). Ontem, uma dia tão lindo, hoje a preparar-se para um fim de semana chuvoso. A resposta que recebi foi "Está a aproximar-se a Semana Santa...". Como a Semana Santa poderia interferir com o estado do tempo, eu não fazia ideia. Mas fui informada que a Semana Santa é, típicamente, cinzenta e triste. Repete-se ano após ano. Nunca tomei nota... mas acho que vou começar a tomar.

E pronto... acho que não tenho mais nada a dizer sobre o tempo.

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Sangofobia

É verdade. Todos os que já passaram pelo capítulo sabem que é bem verdade. Hematologia é mau. Hematologia estudada pelo harrisons é pior.

Mas mais grave que todo este estupidificar em frente às páginas do harrisons, apercebendo-nos que quão complexo tudo isto é, a ponto de deixarmos que o nosso intelecto simplesmente desista de tentar perceber, e nos dediquemos à linda e bela arte que é o "decorar factos apenas para acertar nas respostas", bem mais grave que isso é o medo, diria até a fobia, que se instala quando lemos certos e determinados factos (prontos a serem decorados!).

Reza assim a 3ª frase do 2º parágrafo da página 357 da 16ª edição (sim, já importa a edição, visto a 17ª ter saído na segunda feira... ai, vida...), no meio de tantas outras que fazem uma tentativa (frustrada) de explicar como funciona o processo da coagulação sanguínea:

"A regulação precisa é importante, visto que cada mililitro de sangue contém material de coagulação suficiente para coagular todo o fibrinogénio existente no organismo em 10 a 15 segundos."


Acho que vou ter pesadelos esta noite.

:P

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Ao piano



Eu sei. Tenho consciência que isto não tem qualidade suficiente para ser postado. Tem erros. Muitos. E graves. Daqueles que mesmo sem se perceber nada do assunto, nota-se que estão lá. E o fim… céus, o fim! Tamanha tragédia que foi aquele fim, tudo por causa de uma pequena distracção… (ou se calhar isto sou eu a tentar desculpar-me para a falta de talento). 

Mas apeteceu-me. Apeteceu-me gravar esta musica que eu adoro. Apeteceu-me postá-la, aqui, tocada por mim… ou pelo menos uma tentativa. Sim, tem imperfeições. Mas são minhas. Podem até ser consideradas “o meu toque especial”. Que de especial tem pouco ou nada, mas enfim. Ao menos assim acreditam que aquelas mãos são minhas! (Também se chega lá pelas unhas – NÃO roídas e pintadas! Pena a qualidade do clip não permitir ver, seriam alvo de maior elogio que a música em si!)

E o resto, que se lixe.

Para os que sempre souberam, e para quem nunca acreditou, aqui vai a prova viva de como, ao piano, ninguém tem melhor capacidade de fazer barulho que eu, dizendo levemente que “toca”.

Não sejam muito duros nos comentários – faz mal à auto-estima, e eu tenho um harrisons para decorar – auto-estima é uma coisa que eu preciso de ter neste momento. Pelo menos, um bocadinho.

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.tenho saudades.

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Maquina do Mundo

O Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma.
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.
Espaço vazio, em suma.
O resto, é a matéria.

Daí, que este arrepio,
este chamá-lo e tê-lo, erguê-lo e defrontá-lo,
esta fresta de nada aberta no vazio,
deve ser um intervalo.

~António Gedeão~

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Pausa

Qualquer dia tiro umas férias para fazer um cruzeiro à volta do mediterrâneo... Qualquer dia...



(A parte melhor de longas sessões de estudo são estas pausas em que se sonha acordada)

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O Efeito da Bata Branca?

Ontem cheguei demasiado cedo ao hospital. Usar transportes públicos tem destas coisas - há dias em que se tem sorte, e apanha-se todos seguidos uns aos outros, poupando tempo de viagem - o que faz com que se chegue demasiado cedo aos destinos. Ontem foi um desses dias.

Decidi sentar-me e continuar a ler o livrito de bolso que me tem acompanhado nas viagens - Et si c'etait vrai - aproveitando todos os minutinhos livres que tenho para treinar o francês aos poucos. Sentei-me nos únicos banquinhos que haviam, não propriamente uma "sala de espera", mas sim "três banquitos à saída do elevador". Ao fim de uns minutos, junta-se uma senhora, que decide sentar-se ao meu lado. E eu continuei a ler.

Tinha passado pouco tempo, quando a senhora mete conversa. Começa a contar-me do seu filho que é seguido pela doutora na consulta de pedopsiquiatria, por causa de problemas que há em casa. Depois começa a contar-me como ela própria também é seguida na psiquiatria, tem uma depressão. Fala-me de como é importante curar estas coisas antes que elas "se alastrem". Fala-me de tudo e mais alguma coisa... E eu ali, caladinha, apenas com uns "hum hum" de vez em quando, e outros "quebra-silêncios" básicos. Não lhe tinha pedido nada, não lhe tinha perguntado nada... e no entanto, ela sentiu necessidade de despejar todas aquelas amarguras cá para fora... e eu estava a jeito para servir de alvo.

A meio de toda a conversa, ela pergunta-me se eu estou ali por causa de mim ou por causa de um filho meu. Quem é que andava a ser seguido na psiquiatria? Eu esclareço que sou aluna de medicina, estou lá para assistir a consultas. Mal esta verdade sai cá para fora, a senhora retoma o silêncio depois de uma pausa em que se mostra surpreendida. Já não partilha mais as desgraças da sua vida, já não fala abertamente como estava a falar, já não partilha todo aquele peso sufocante que carrega de um lado para o outro todos os dias da sua vida. Porquê? Terá sido por já não me ver como uma pessoa igual a ela? Terá sido por achar que, sendo médica (ou um projecto de tal), teria mais coisas com que me preocupar do que com os seus pequenos problemas? Medo de ser interpretada com teorias psicológicas que não a definem?... O que é que o "Não... eu sou aluna de medicina" veio alterar na sua pessoa, para simplesmente quebrar assim a conversa?

E eu pergunto - até que ponto é que estas pessoas precisam de um psiquiatra? Se calhar, aquilo que lhes faz mesmo falta é um simples amigo, que se encontra em qualquer cantinho deste mundo, apenas para desabafar um pouco, e tornar a vida um pouco mais tolerável...

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Sorte Malvada

Vai uma pessoa, toda contente (ou não), para Cascais todos os dias, em pleno Março quando os dias estão maiores, o Sol começa a brilhar mais forte, todas essas hormonas primaveris andam aos saltos cá dentro...

... para descobrir que os gelados Santini estão fechados!


É cruel... verdadeiramente cruel.... :P

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Gesto de Amor


"Give what you have to somebody, it may be better than you think."

- H.W.Longfellow -

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Travessia do Tejo



... E eu vi o Sol pôr-se nas águas do Rio Tejo, prontas a enfrentar o grande Atlântico... E, embalada pelas ondas, pensei em ti ...

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Hoje contaram-me uma historia...

Hoje contaram-me uma história... Mas foi uma história diferente. Primeiro, não começou com o habitual "Era uma vez...". Não, a história de hoje começou de uma maneira bem mais médica. Começou com um "Olá, J, entra! Então, como tens passado?"

J era um menino, igual a tantos outros meninos de 12 anos. Ou seria?

J entrou para dentro do consultório. Entrou sozinho, não vinha acompanhado por pais / avós / tios. Não olhava ninguém nos olhos. Respondia monossilabicamente às perguntas que lhe eram colocadas, quase que a medo, sempre a olhar para os dedos que estavam irrequietos em cima da mesa, num tom de voz apenas ligeiramente superior a um sussurro. J vinha vestido com roupa já gasta, e parecia não saber o que era sorrir. Das raras vezes que desviou o olhar para o tecto (nunca para os olhos de outra pessoa), notava-se nos olhos a falta do brilho especial que as crianças conseguem manter no olhar.

"Então, e a escola, como tem corrido?" Normal, responde J. "Já conseguiste subir as negativas?" Não, responde J. "Quantas tens?" Oito, responde J. A falta de interesse notava-se em cada uma das respostas... Para quê se esforçar na escola, quando a vida não fazia sentido?

Pois é, é que a vida de J não fazia sentido. J não conhecia o pai. A mãe tinha sido toxicodependente e HIV+, e acabara por morrer. J vivia agora com o avô... Mas um avô que não tinha os medicamentos em casa, por medo que fizessem mal a sabe-se lá o quê... Então, J apenas recebia medicamentos (para tratar umas verrugas que tinha nas mãos) na escola, porque uma funcionária lhos dáva. J tinha umas verrugas nas mãos... Não é de estranhar - também J é HIV+, não apenas portador do vírus, mas doente. J tem SIDA, tal como a mãe tinha... A mãe, que acabou por morrer, há tão pouco tempo... Mas J recusa-se a falar sobre isso. Nem monossilabicamente.

A consulta chegou ao fim. J levantou-se, não olhou ninguém nos olhos, e saíu do consultório, com nova receita na mão, tal como entrou - sem fazer barulho, sem o espalhafato típico dos miúdos de 12 anos. Porque J, afinal, não era um menino de 12 anos qualquer.

A história que me contaram hoje ainda não chegou ao fim. Mas duvido que tenha um final feliz...


(Desculpem o post um tanto depressivo. Simplesmente este menino marcou-me, hoje, no meio de tantos meninos que vi... Adorei este primeiro contacto com a psiquiatria infantil - uma área linda dentro da medicina! :) )

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Verao

Já o sentem? Esse sol quentinho, que convida a longos passeios na rua? Os dias a ficarem maiores, o tempo a começar a aquecer, as camisolas de lã a ficarem esquecidas a um canto...?

Tão bom! :) Ainda não estamos sequer na primavera, eu sei, mas o dia está tão lindo que não resisti! E quem melhor que os onda choc (lembram-se deles?!) para nos fazer entrar no espírito do verão, hein?

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IUPI!

Já tenho passe!!!

Ok, não o passe toooodooooo... mas já me consigo por em Lisboa, já não é mau! Agora, só falta pôr-me em Cascais - segunda feira bem cedinho trato desse pequeno pormenor.

Hehehe!

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