Aquele momento em que a seguir ao jantar olhas para a parede da cozinha pintada de fresco com as tintas naturais que constam do prato do filho de 10 meses... e em vez de ter um ataque de choro, celebras o facto da desgraça ter acontecido na noite em que a mais velha ficou na casa dos avós.
Ao menos hoje vai ser possível limpar tranquilamente!
Momentos que só as mães percebem
Como arruinar o dia a uma criança
Estou cansada. O dia foi difícil, e cheguei a casa com o cérebro feito em papa. Felizmente fui recebida por uma familia toda ela sorridente e muito feliz (o dia correu-lhes bem, portanto). Mas dizem que os miúdos sentem o cansaço dos pais, e por experiência digo que deve ser verdade. O nosso stress/cansaço/mal-estar-qualquer é sentido por eles, e por alguma razão que me transcende eles decidem virar diabretes nestas ocasiões (talvez para nos mostrar que toda e qualqer situação pode sempre ser pior ainda?)
A 4 é sempre melhor
Hoje foi um dia muito bom. Nada de extraordinário aconteceu, foi um Sábado como tantos outros. Contudo, posso dizer que andei feliz o tempo todo. Talvez por ter conseguido dormir 2 horinhas consecutivas esta noite (sou fã de paracetamol para a dentição, btw!), talvez por ver o meus filhos sorridentes a saltitar a maior parte do tempo, talvez (e provavelmente) apenas por termos conseguido estar o dia todo TODOS juntos.
Sim, sem dúvida deve ter sido essa a razão. Estarmos 24h a quatro é uma raridade. E hoje foi dia raro. :) entre as ausencias do pai e as loucuras da mãe, sobra muito pouco tempo para simplesmente estarmos a quatro. Quando esse tempo vem, há que saboreá-lo e festejá-lo.
Infelizmente, o dia foi muito bom mas já acabou. Entretanto chegou a noite, e essa terá de ser de trabalho e de revisão de normas.
Bolas.... estava a saber tão beeeem.... ah well, é estudo de pouca dura.
Mayday! Mayday!
Tranquem os pinypons! Escondam os acessórios das barbies! Arrumem os playmobis e desfaçam-se dos legos....
*Tucazilla - nome fofo dado à minicriatura cá de casa, que tudo destrói por onde passa.
O dia dos doi dois
Como é que num dia só se consegue escorregar e esfolar o cotovelo, bater com a cara contra a parede a fugir do cão e fazer um batatoma no canto do olho, cair da cadeira e esfolar o joelho e entalar o dedo no elevador???
Amanhã não saio com a minha filha à rua... ainda sou sinalizada à CPCJ.
Santo António já acabou, o São Pedro está a acabar ....
Junho veio, e trouxe com ele os bailaricos típicos das celebrações dos santos. Marchas e manjericos com sardinhas assadas. Adoro.
22:00
22:00 e a miúda continua a rebolar na cama de um lado para o outro enquanto vai sussurrando histórias saídas do seu imaginàrio à boneca que lhe faz companhia.
22:01 e o piolho não sossega e passa o tempo a sentar-se no berço a palrar até que alguém o pegue.
22:02 e eu sou claramente a única com uma gigante vontade de dormir. (E uma enorme dificuldade em manter os olhos abertos também.)
22:03 e estou demasiado k.o. para decifrar o que terá acontecido hoje para ainda estarem todos electricos... onde falhei?
22:04 e dou comigo semiadormecida apesar do caos instalado à minha volta, a sonhar com os tempos em que a esta hora ainda era capaz de fazer qualquer coisa de útil. Decido que mais vale encarar a realidade, esta noite está perdida, e eu estou a ficar demasiado velha para isto.
Enfio as crianças na minha cama e admito que nem todas as noites podem ser um sucesso. Mas ao menos faço-o com a certeza que em breve estaremos todos a dormir, não faltaraá muito. Incluindo eu própria. Claramente, Parenting Win. Nem me sinto culpada.
Boa noite. :)
O fim de uma pausa imposta
Passou muito tempo desde a última vez que visitei este meu cantinho. Tanto tempo, que corria mesmo o risco de vir a ser esquecido.
Foi por mero acaso que aqui regressei. "Devias começar um blog!", disseram-me lá no trabalho. "Terias sucesso!" continuaram... e assim de repente o velhinho Carpe Diem veio-me à memória. Já não sabia o seu endereço, já desconhecia a palavra passe, já nem tão pouco me lembrava ao certo de quando o tinha abandonado.
Vou confessar algo que me custa aceitar: às vezes é preciso crescer. E, aparentemente, cresci mais rapidamente que o blog. De um momento para o outro vi-me especialista, com um bebé em casa e 1900 utentes no trabalho, esposa de um marido mais do que atarefado (casei!), e toda uma vida três (e depois a quatro) para gerir. Sim, agora somos quatro!
Os dias passaram, a vida foi-se desenrolando à minha frente, e eu cresci. E crescer implica deixar algumas coisas para trás, para dar lugar a outras que ainda estão por descobrir. Sempre foi assim, sempre assim será. Foi só isso que me aconteceu. Eis a razão do meu desaparecimento da blogosfera.
Ser mãe obriga a crescer muito em muito pouco tempo. Ser mãe trabalhadora (com brio no trabalho e orgulho desmedido dos filhos) implica crescer demasiado em tempo nenhum. Por isso deixei algumas coisas para trás. As idas às compras só porque sim, as saídas nocturnas com as amigas, as idas ao cinema semanais.... e o velho blog. Nem tive tempo para ter pena.... aconteceu simplesmente. Tanta coisa boa substituída por tanta coisa boa também. Pena para quê?
Mas hoje, perante aquela conversa, lá me veio à memória que outrora tinha um blog, e que esse blog foi por mim muito acarinhado durante muito tempo. Um diário onde podia partilhar tanta coisa sobre nada, e onde tanto disparate tinha sido relatado. Sem pensar falei no Carpe Diem, e de um momento para o outro estávamos as 3 a olhar para ele.
"Tu escrevias o Carpe Diem?" perguntaram... "Eu lia o Carpe Diem! Estava nos meus favoritos!" E algo aconteceu nesse instante. O quê? Alguém que eu desconhecia acompanhou-me mesmo antes de me conhecer? Alguém fora do meu círculo de amizades lia-me de forma assídua?
Cheguei a casa, e depois da rotina diária e dos miúdos deitados, pus-me a ler. E li e revivi, soltei um sorriso aqui, dei um gargalhada ali, e um lágrima caiu acolá.
Pobre Carpe Diem... como pude eu afastar-me de ti durante tanto tempo? Onde estava eu com a cabeça? Não pode ser.
E desta forma.... Regressei!