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O fim de uma pausa imposta

Passou muito tempo desde a última vez que visitei este meu cantinho. Tanto tempo, que corria mesmo o risco de vir a ser esquecido.

Foi por mero acaso que aqui regressei. "Devias começar um blog!", disseram-me lá no trabalho. "Terias sucesso!" continuaram... e assim de repente o velhinho Carpe Diem veio-me à memória. Já não sabia o seu endereço, já desconhecia a palavra passe, já nem tão pouco me lembrava ao certo de quando o tinha abandonado.

Vou confessar algo que me custa aceitar: às vezes é preciso crescer. E, aparentemente, cresci mais rapidamente que o blog. De um momento para o outro vi-me especialista, com um bebé em casa e 1900 utentes no trabalho, esposa de um marido mais do que atarefado (casei!), e toda uma vida três (e depois a quatro) para gerir. Sim, agora somos quatro!

Os dias passaram, a vida foi-se desenrolando à minha frente, e eu cresci. E crescer implica deixar algumas coisas para trás, para dar lugar a outras que ainda estão por descobrir. Sempre foi assim, sempre assim será. Foi só isso que me aconteceu. Eis a razão do meu desaparecimento da blogosfera.

Ser mãe obriga a crescer muito em muito pouco tempo. Ser mãe trabalhadora (com brio no trabalho e orgulho desmedido dos filhos) implica crescer demasiado em tempo nenhum. Por isso deixei algumas coisas para trás. As idas às compras só porque sim, as saídas nocturnas com as amigas, as idas ao cinema semanais.... e o velho blog. Nem tive tempo para ter pena.... aconteceu simplesmente. Tanta coisa boa substituída por tanta coisa boa também. Pena para quê?

Mas hoje, perante aquela conversa, lá me veio à memória que outrora tinha um blog, e que esse blog foi por mim muito acarinhado durante muito tempo. Um diário onde podia partilhar tanta coisa sobre nada, e onde tanto disparate tinha sido relatado. Sem pensar falei no Carpe Diem, e de um momento para o outro estávamos as 3 a olhar para ele.

"Tu escrevias o Carpe Diem?" perguntaram... "Eu lia o Carpe Diem! Estava nos meus favoritos!" E algo aconteceu nesse instante. O quê? Alguém que eu desconhecia acompanhou-me mesmo antes de me conhecer? Alguém fora do meu círculo de amizades lia-me de forma assídua?

Cheguei a casa, e depois da rotina diária e dos miúdos deitados, pus-me a ler. E li e revivi, soltei um sorriso aqui, dei um gargalhada ali, e um lágrima caiu acolá.

Pobre Carpe Diem... como pude eu afastar-me de ti durante tanto tempo? Onde estava eu com a cabeça? Não pode ser.

E desta forma.... Regressei!


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