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Por Onde o Harry Passou...

Pois é, chegamos assim a Setembro (eu sei, é só amanhã, mas não faz mal - tenho a desculpa de uma breve desorientação no espaço e no tempo provocada pela clausura dos últimos dias...)

Desta vez sem a motivação dos cadernos e lápis novos, mas sim com um livro já mais velho do que o que realmente é, a desmotivar os próximos dias. O mês de Agosto foi-se, e com ele foram 2 capítulos (quaaaase) do tão temido estudo, faltando apenas umas páginas de nefro para tornar essa coisa dos 2 capítulos verdade. Mas não é hoje que o acabo, porque hoje vou passear - felizmente, famílias numerosas dão em muitos priminhos pequenos, alguns dos quais são baptizados no meio de um plano de estudo, o que obriga aqui a estudiosa a sair de casa e ver que lá fora ainda se vive. Portanto, hoje é dia de baptizado, não dia de estudo.

Mas, tal como boa estudiosa que sou, não podia deixar de levar o Harry - a sua companhia já se tornou um hábito, e nunca se sabe se a meio de alguma conversa animada entre familiares que já não se vê há tanto tempo, não vai surgir alguma dúvida fatídica que necessita de esclarecimento no momento - por exemplo, se na glomerfulonefrite pós-estreptocócica a biópsia renal mostra uma glomerulonefrite proliferativa endocapilar difusa; se na acidose tubular renal tipo 2 a terapêutica com bicabornato de sódio diminui a perda renal de potássio e reduz a hipocaliémia; se os doentes ressuscitados de morte cardíaca ou com síncope por arritmias ventriculares, e nos quais seja induzida taquicárdia ventricular no estudo electrofisiológico, devem implantar desfibrilhador automático; entre outras tantas possíveis dúvidas que podem interromper o mais belo dos dias. Daí a necessidade da presença constante do Harry.

E foi assim que me pus a pensar - por onde é que o meu Harrisson's (16ª ou 17ª) já passou? Não é um dos Harry's mais viajados, provavelmente - afinal, não conhece as ilhas nem foi até à Venezuela, ou mesmo até México em plena viagem de finalistas, como alguns Harry's de outros colegas já foram. Não, o meu é viajado, mas muito aqui nas redondezas. O grosso do estudo fora de casa foi feito em bibliotecas várias (Faculdade de Ciências Médicas, Hospital Pulido Valente e Egas Moniz, Faculdade de Letras e biblioteca do Desterro), chegando mesmo a conhecer a casa da Carol. Mas já foi a Castelo Branco umas poucas de vezes, passou duas semanas em Odemira - periodo em que chegou a visitar a praia de Vila Nova de Mil Fontes! Ah, saudades que eu tenho dessas 2 semanas estudiosas (não com o Harry), mas com malta estudiosa à minha volta para me lembrar que não estava sozinha! Também já passou por Peniche, Lourinhã e Capelas (tudo ali no mesmo sítio, mais metro menos quilómetro). Mas acho que mais que os locais, o que o meu Harry verdadeiramente conhece é o banco de trás do meu Kia azul - sim, porque apesar de ele viajar, raramente é tirado de lá... Afinal, as dúvidas fatídicas que necessitam de esclarecimento no momento não são assim tão frequentes quanto isso.

Mas ainda assim, vou-me vestir, e vou por o Harry dentro do Kia. Nunca se sabe quando é que ele poderá ser mais necessário! :)

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2 comments:

caxemire said...

"na glomerfulonefrite pós-estreptocócica a biópsia renal mostra uma glomerulonefrite proliferativa endocapilar difusa; se na acidose tubular renal tipo 2 a terapêutica com bicabornato de sódio diminui a perda renal de potássio e reduz a hipocaliémia; se os doentes ressuscitados de morte cardíaca ou com síncope por arritmias ventriculares, e nos quais seja induzida taquicárdia ventricular no estudo electrofisiológico, devem implantar desfibrilhador automático;"


completamente chines!!
mas pelos vistos muito útil nos baptizados

Ana said...

:)