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MAMA! (mama?!... mama... !)

Às vezes é preciso receber um mail com uma musica muito bem adaptada pelos Marretas, vindo de uma amiga de longa data, para perceber que perder as minhas luvas vermelhas (favoritas) da springfiled num dia super atarefado, em que ainda por cima choveu de manhã, o que me obrigou a acartar com um guarda-chuva numa tarde solarenga, cheia de frio, e com as mãos congeladas (afinal, perder as luvas leva a mãos congeladas)...


... simplesmente não é o fim do mundo. A vida é tanto mais do que simples luvas vermelhas (favoritas) da springfield. (Algo me diz que a vida é tanto mais do que simples vídeos tolos dos marretas, também... mas who cares?! :) )

Enjoy! :)

(obrigado, Pri!)

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Mudar de Vida

A pouco mais de um mês de abandonar o meu estatuto de Interno do Ano Comum (vulgo IAC), começo a pensar em mudar de vida.


Afinal, uma interna de MGF na Cova da Piedade tem de ter uma vida à altura! :)

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Big decisions

Portanto, são 21:30. Jantei, e ganhei coragem para olhar para a lista de vagas. Olhei, e como sempre o computador decidiu não colaborar, e foi preciso mudar de computador.


Finalmente consegui abrir o malfadado documento, olhei para as vagas, vi que a minha vaguinha ainda lá estava, lembrei-me que antes de mim ainda havia 30 possíveis candidatos a essa única vaga.

Vi que Oeiras já não tinha vagas.
Vi que Ortopedia já não existia... fiquei muito triste. Talvez ainda mais do que por não haver vaga em Oeiras... diga-se que isto facilita a escolha, porque oeiras atormenta-me o juízo desde que as vagas saíram... Mas eu queria que ortopedia ainda estivesse lá.

O meu pai vê-me a olhar para vagas, com ar meio triste, meio desesperado, meio... sei lá.

"Detesto fazer escolhas grandes. Se eu pudesse, toda a minha vidinha passava por mim sem que eu tivesse que decidir uma única coisa grande que fosse!", digo-lhe.
"... É tão bom ser pequenino...", responde ele.

Pois é, pai. É muito bom ser pequenino. Ter todos os dias à nossa frente, grandes, que dão para fazer tudo o que queremos. Escondermo-nos das coisas que nos assustam. Chorar quando não conseguimos fugir, e ter a certeza que alguém nos há-de salvar da situação, normalmente a mãe, mas quando a coisa é mesmo muito séria, então seria o pai. Quando ele não andava em alto mar, quando ele estava em casa cheio de saudades dos filhos, quando ele matava as saudades dando mimos intermináveis. Pois é, pai, foi tão bom ser pequenina.

Pena que na altura não me tivesse apercebido disso.

Entretanto cresci...

Detesto tomar decisões grandes... Mas amanhã não tarda a chegar, portanto é melhor olhar para estas vagas com olhos de ver, e começar a tomar decisões.

Com musiquinha que me faça lembrar os eus tempos de pequenina há-de ser mais fácil.


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Um abraço


Para quem, como eu, sente que precisa desesperadamente de um abraço apertado ...

... aqui fica ele.


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Que a semana passe rapidamente

A Sandra escolheu ginecologia-obstetricia na MAC.


A Marta escolheu pediatria no HGO.



... E nós? O que é que nos vai calhar?

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Where the Wild Things Are

Chamem-me infantil. Não quero saber. Mas eu quero muito ver este filme.



O livro é bastante conhecido. Pequeno, dirigido a um público pequeno também. Tem ilustrações lindas, que nos levam ao encontro do imaginário da criança frustrada que é enviada de castigo para o seu quarto, esse lugar mágico onde tudo pode acontecer a uma criança.

Pois bem, agora é um filme. E eu quero muito vê-lo. E talvez seja infantil por isso. Mas hey, é Natal... Há que despertar a criança que reside dentro de nós. :)




"Will you keep out all the sadness?"

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InterRail (II) - Estugarda

1ª paragem . Stuttgart

Stuttgart é tudo isto :






... mas de facto, não vou mentir. Eu não devo conhecer Estugarda desta vez. Isto porque temos muita pressa em chegar a Estrasburgo, muito mais bonito que Estugarda, segundo sou informada. Portanto, Estugarda será apenas de passagem. Será chegar a Estugarda de avião, e logo a seguir saír de Estugarda de comboio. De Estugarda, devo conhecer pouco mais do que isto:



e só depois é que a nossa viagem realmente irá começar, em Estrasburgo. Mas a foto em Estugarda é garantida, e se a estatueta da cabeça não for longe do aeroporto e ainda tivermos uma horita para matar, será mesmo esse o sítio para tirar a dita foto.

(Eu gosto de estatuetas....)

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desabafo estatístico

... eu detesto journal-clubs...


especialmente aqueles grandes e gordos e cheios de estatística....

... aqueles que têm muitas sensibilidades e especificidades chatas de apresentar.

Mas aquilo que mais me irrita nesses journal clubs são as ROC e as ROC AUC.

Confusos?... pois, eu também. O QUE RAIO É UMA ROC, CARAMBA?!



... aaaaaaaiiiiiii ...

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O Fórum tem um ring de patinagem!!

Oh, por favor, vamos vamos vamos vamos vamos!! :) Eu QUERO partir a cabeça, a perna, o pé... tanto faz! Mas vamos patinar na pista minúscula e estupidamente cara no fórum! Por favoooor!...


Vamos?! :)

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Estou doente

O termómetro diz que tenho 37.5ºC, mas a cabeça sente-o como se fossem 40ºC (estou a exagerar, obviamente, mas cefaleias pulsáteis não são fáceis de superar para quem não está habituado a que lhe doa uma única célula do corpo...), o nariz vai pingando uma aguadilha, às vezes uns ranhos só para fugir à rotina, a tosse não é produtiva, mas volta na volta lá sou surpreendida com uma nhanha...


... enfim, estou doente. É verdade, por mais que eu tivesse dito que não iria adoecer nos bancos de pediatria, porque já há 2 anos que os faço e nunca tinha adoecido nestas alturas, aparentemente o meu sistema imunitário quis provar-me errada e mostrar-me que, volta na volta, ele tammbém tem direito a falhar.

"Será a gripe A?!", é a pergunta mais frequente que tenho ouvido nas últimas 48 horas.

"Não, senhores... isto nem encaixa no conceito de síndrome gripal! Já viste?! Nem posso dizer que tenho uma febre decente (na verdade, estou subfebril), não tenho uma tosse digna de gente, não gasto 3 pacotes de lenços por dia, não espirro a cada esquina, não tenho falta de apetite, continua-me a apetecer muito os chocolates (sinal claro que não é coisa grave), se a cabeça dói é porque sou habitualmente saudável e lidar com 0.5ºC acima da média faz mossa ao Tico e ao Teco, isso e tenho umas mucosas inflamadas algures pelos meus seios frontais, não tenho diarreia nem náuseas nem vómitos, os músculos não se viraram contra mim, ainda tenho muita vontade de saír ao fim da tarde de sábado (após mais uma tentativa frustrada de terminar o meu journal club) e ir passear com a minha cara metade até à boca do inferno que fica a 40 km da minha casa .... caramba, o que raio é que vos faz suspeitar que é Gripe A, mesmo?!"

"Ah... pois ... é que como tu vês tantas crianças engripadas .... fiquei a pensar que se calhar ..."

Pois é, minha gente. Não sei, não houve ninguém até à data que quisesse espetar um cotonete com um tamanho assustador pelo meu nariz acima a ver se detectava cá alguma gripe A. Portanto, não posso afirmar com toda a certeza... (isto porque a minha vizinha do lado me garante que a amiga do primo do cunhado da tia do sobrinho da filha dela teve gripe A e não teve quase sintoma nenhum, nem uma febre... e eu pergunto - então porque raio é que lhe fizeram o teste da zaragatoa, mesmo?!)

Enfim, mas a resposta é muito simples.

Se for de facto uma gripe A, então que seja. Se isto for gripe A, ooooh, tenham medo! oooh, protejam-se! Porque ficam com um bocadito de ranho e 37.5ºC que dão um estado de cefaleias a quem não está habituado a lidar com estas temperaturas! Vão buscar máscaras, pk é de facto muuuuito grave! (NOT!)

Se isto, por outro lado, NÃO for gripe A, e for sim uma simples constipação, daquelas que atinge para aí 99.9999% da população todos os anos, e nada há a fazer excepto esperar que passe (e que, diga-se, é muito mais provável que seja) - então não havia qualquer razão para eu usar protecção daquelas que nos convertem em alienígenas aos olhos das crianças já por si assustadas no SU, uma vez que afinal só lidei com uma criança um bocadito constipada e que decidiu passar-me o vírus enquanto eu a auscultava, e pronto... estraria tal e qual como estou agora.

E tenho dito.

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InterRail (I)

InterRail I - O percurso


Lisboa - Estugarda - Estrasburgo - Colmar - Luxemburgo - Bruxelas - Antuérpia - Bruges - Amesterdão - Lisboa

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Vai ser fantástico! :) Durante 12 dias, armar-me em turista com a máquina fotográfica pronta a disparar a cada 3 minutos. Resta planear a viagem cuidadosamente, e pô-la em prática!

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Mais uma vez a escolha da especialidade

Saíram as listas, saíram as datas para escolhermos a especialidade ...


Raios partam a isto tudo.

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E pronto...

... Foi desta. Que fique aqui sabido e notado que, a partir de hoje, qualquer comentário ao meu estágio de pediatria (que será, obviamente, um comentário FELIZ e CONTENTE), poderá muito bem ser ... falso.


Isto porque a minha "chefa" tomou conhecimento deste pequenino cantinho da blogosfera. Eis uma boa (diria mesmo excelente) razão para cortar pela raíz qualquer tipo de comentário negativo ao estágio. Críticas, a partir de agora, serão apenas positivas, felizes e contentes.

Mas vá, diga-se que também não há assim grandes críticas feias a apontar. Os horários são bons (nunca tive horários tão bons ao longo do ano comum), os "doentes" são saudáveis, e, para melhorar a coisa, são pequeninos (rondam os 50 cm)... choram um bocadito, esperneiam um bocadito mais, têm uns pulsos femurais horríveis de serem palpados (a sério, eu acho que nasci com uma insensibilidade irreversível das pontas dos dedos, só pode...). Mas a verdade é que acabam por ser adoráveis, e eu saio do berçário muito bem disposta, depois de ter feito umas 3-4 triagens (quando eu digo que os horários são bons, não estou a mentir.)

Agora, críticas negativas?
... vão ter de telefonar para as ouvirem pessoalmente! :)

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Shall we dance?

Uma vez que as vagas não deixam a maioria das pessoas felizes e as indefinições quanto ao futuro chegam para dar o cabo dos nervos no presente, e já que não há nada a fazer sobre esse aspecto em particular...

... Não há nada como fechar os olhos, respirar bem fundo, sorrir que nem uma tola e fazer figuras tristes para não desesperar (e até ficar um bocadito mais animada).


... So, Shall We Dance? :)

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Click!

Ena pá, ena pá, ena pá!


Hoje reduzi uma luxação do cotovelo a um gaiato que vinha com pronação dolorosa do braço direito! Ali, na hora! :D Peguei no braço, estiquei-o, rodei-o, senti o CLICK!! e de repente dor e agonia.... mas dois segundos depois estava curado!! O braço já mexia, e já não havia dor!

Ena pá, ena pá, ena pá! :D

(a sério, é incrível a diferença do meu estado de espírito a saír de um banco de pediatria e a saír de um banco de cirurgia)

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Há coisas que não se esquecem

Sim, eu sei, é lamechas. Mas é lindo.


De facto, há coisas que simplesmente não se esquecem.

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De hospital em hospital

De Torres Vedras a Évora, este fim de semana foi de grande passeio!


... Agora resta fazer uso a todas as informações colhidas, e pensar muito bem sobre o futuro...


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O Edu cresceu!

Foram apenas mais uns centímetros de comprimento, mais umas gramas de peso. Mas a verdade é que o meu sobrinho está a crescer a olhos vistos! E por essa mesma razão, foi hoje, ao comemorar as 6 semanas de vida, que ele se viu vestido pela primeira vez com roupa de gente grande e crescida!


Abaixo os baby-grows e as mantinhas, e avante as jardineiras, as camisas, os casacos e os sapatinhos adoráveis da chicco! :)

E, claro está, sessão fotográfica garantida, com a madrinha à mistura, para começar bem o dia! :) E quais fotos ao colo deste e daquele, nada disso (ok, na verdade, muito disso). Mas hoje, ele ficou sentadinho no sofá, sozinho, para posar para a fotografia.

Ena pá! ... um garoto tão giro, não tarda já terá arranjado uma namorada e já não quer saber da tia para nada. Há que aproveitar estes pequenos momentos...!


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A magia da procalcitonina

Ena pá, ena pá!!! Isto é TÃO giro!!!


(eu precisava desesperadamente de um bocadinho de motivação para conseguir ler este artigo... talvez se eu repetir isso na minha cabecinha vezes sem conta, eu consiga acabar isto antes que o sono se apodere de mim de uma vez por todas...)

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Há vagas...

De todas as alturas estúpidas para sair o mapa de vagas para a especialidade, ter saído 1 hora antes de eu entrar para um banco nocturno seguido de trabalho de enfermaria logo pela manhã, é, sem dúvida, eleita a altura mais estúpida para isto saír.


... uma gaja assim não se concentra a suturar... :S

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Perception

(isto é um copy-paste de um outro site)



Perception

MusicianSomething to think about….

Washington, DC Metro Station on a cold January morning in 2007. The man with a violin played six Bach pieces for about 45 minutes. During that time approximately. 2 thousand people went through the station, most of them on their way to work. After 3 minutes a middle aged man noticed there was a musician playing. He slowed his pace and stopped for a few seconds and then hurried to meet his schedule.

4 minutes later:

The violinist received his first dollar: a woman threw the money in the hat and, without stopping, continued to walk.

6 minutes:

A young man leaned against the wall to listen to him, then looked at his watch and started to walk again.

10 minutes:

A 3-year old boy stopped but his mother tugged him along hurriedly. The kid stopped to look at the violinist again, but the mother pushed hard and the child continued to walk, turning his head all the time. This action was repeated by several other children. Every parent, without exception, forced their children to move on quickly.

45 minutes:

The musician played continuously. Only 6 people stopped and listened for a short while. About 20 gave money but continued to walk at their normal pace. The man collected a total of $32.

1 hour:

He finished playing and silence took over. No one noticed. No one applauded, nor was there any recognition.

No one knew this, but the violinist was Joshua Bell, one of the greatest musicians in the world. He played one of the most intricate pieces ever written, with a violin worth $3.5 million dollars. Two days before Joshua Bell sold out a theater in Boston where the seats averaged $100.

This is a true story. Joshua Bell playing incognito in the metro station was organized by the Washington Post as part of a social experiment about perception, taste and people’s priorities.

The questions raised:

*In a common place environment at an inappropriate hour, do we perceive beauty?

*Do we stop to appreciate it?

*Do we recognize talent in an unexpected context?

One possible conclusion reached from this experiment could be this:

If we do not have a moment to stop and listen to one of the best musicians in the world, playing some of the finest music ever written, with one of the most beautiful instruments ever made.

How many other things are we missing?


...
in bitsofwisdom.org

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2 de Novembro

Ena pá... é curioso chegar ao fim do primeirol dia de trabalho no estágio de pediatria, e pensar - "... Daqui a precisamente dois meses, estarei a chegar ao fim do meu primeiro dia de trabalho de interna de especialidade!"



... Ena pá!

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Grandes Amigos

Somos grandes amigos.


Lembro-me perfeitamente do dia em que nos conhecemos. Passámos horas à conversa como se nos conhecessemos já há largos anos. No dia seguinte a cena repetiu-se, e pronto. Foi mais ou menos por aí que decidimos ficar grandes amigos.

Crescemos juntos, aprendemos a vida, desenrascámo-nos mutuamente nos momentos mais apertados, partilhámos experiências, tornámo-nos inseparáveis.

Entretanto alguma coisa mudou na vida de um ou de ambos, não sei bem. Deixámos de nos ver todos os dias, deixámos de nos falar todos os dias. Mas as raízes estavam lá - nos reencontros era como se nunca tivéssemos estado longe. Tinhamos longas conversas, contávamos os acontecimentos mais marcantes, falávamos horas a fio, e, no momento da partida, já prevendo uma separação de longos dias/meses, vinham os abraços e as promessas de repetir o reencontro em breve.

Continuávamos a mandar mensagens, a telefonar, a marcar encontros... mas cada vez mais espassados. No entanto, continuávamos grandes amigos.

Até que chegou a altura da vida evoluir, cada um seguir o seu caminho, já sem tempo para as mensagens e para os telefonemas banais, já sem pachorra para os reencontros. Isto vinha de ambas as partes - daí que ninguém levou a mal. Simplesmente houve um afastamento. E nos escassos reencontros, já não era a mesma coisa. A conversa já não fluía, as frases já eram pré-fabricadas e quase que forçadas, os sorrisos tornaram-se amarelos. Já não tinha interesse o que o outro tinha para dizer. Mas continuávamos unidos pelo passado que partilhámos, e no momento da despedida, não podíamos deixar de sentir uma nostalgia que nos fazia prometer encontrarmo-nos mais vezes, fazer um esforço. Afinal, somos grandes amigos.

Mas o tempo passa, e a situação torna-se irreversível. Ainda me lembro do dia em que nos conhecemos, e de todas as situações que vivemos juntos, das conversas sem sentido, e das gargalhadas que partilhámos. Lembro-me daquele dia em que tu estavas tão feliz, e lembro-me do dia em que me ajudaste a suportar uma situação difícil com as tuas palavras amigas. Lembro-me dos percalços da vida que nos foram separando, e lembro-me dos reencontros cada vez mais espaçados.

Afinal, somos grandes amigos...

... ou, talvez...

Fomos grandes amigos.

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