Sim, sei que já lá vão 1 mês e 12 dias de ano já palmilhados, mas não é a esse ano que me estou a referir. Estou, como se prevê partindo do post anterior, a falar do meu 2º aninho enquanto "dona de casa", que espero não ser tão desesperado como por vezes foi o anterior.
A prioridade do ano anterior foi aprender a viver com uma pessoa que partilha muito connosco, mas não um passado de costumes e maus hábitos adquiridos. Não foi fácil, mas previa que fosse muito mais difícil do que o que foi. Talvez por ainda estar no processo... não tanto da aprendizagem, mas antes da descoberta desses pequenos costumes. =) Mas aprender a considerar essas pequeninas coisinhas que nos preenchem o quotidiano como parte do encanto da outra pessoa, acho que isso eu consegui fazer. Afinal, o tampo da sanita continua a ser deixado sistematicamente para cima, mas em vez de me chatear com isso já consigo simplesmente baixá-lo sem sequer pensar no assunto. E portanto, assumo isso como uma vitória. Deve haver quem veja isso como uma derrota. E talvez seja. Mas é uma derrota que funciona para mim. Para nós. E somos felizes assim.
A prioridade desta vez vai ser arranjar mais tempo. Organizar-me de modo a não me perder entre casa, estudo, passar a ferro e estar de mau humor. =) Sim, porque descobri que é muito fácil desperdiçar tempo para dar asas ao mau humor, mas é muito mais difícil "desperdiçar" tempo para saborear os momentos de felicidade. Mas adiante. Arranjar tempo para mim, para a minha cara metade, para passear, para desfrutar do que me resta ainda da juventude (que espero ser muito!). Acho que de tudo o que aprendi ao longo do ano que passou, esse foi o aspecto mais notório - a falta de tempo para tudo, que muitas vezes se traduz na falta de tempo para a pessoa com a qual se prevê a partilha de uma vida. É incrível como é tão fácil no dia a dia estarmos sentados à mesma mesa e ainda assim não estarmos a partilhar o tempo ali sentados.
Quando se tem a sorte de ter uma mãe fantástica como a minha, a parte do arranjar tempo é importante. Isto porque se cria na mente a ideia de que é necessário "ser pelo menos tão boa como ela foi". Ser capaz de vestir as vestes de super mulher e num mesmo instante limpar a casa, ter a roupa organizada, fazer as refeições, criar 2 filhos, trabalhar e ainda ter tempo para criar memórias fantásticas que perduram na memória dos pequenos - é esta a referência que eu tenho. Mas para conseguir isso vou ter de me conseguir organizar...
... Venha o 2º aninho. =)
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