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O temível 6º ano


Pois é, o 6º começa a fazer das suas.

Uma pessoa entra para o curso sabendo que vai ser difícil, complicado, e tudo o mais. Todos nos avisam que o último ano será o pior. Infelizmente, vamos sempre sentindo pena de nós próprios, nas situações dramáticas em que estamos todos os dias, que tendemos a esquecer o pormenor do 6º ano ser um ano terrível. Tal como o 3º. Só que pior. :P

"Afinal, no 6º ano não se faz nada... apenas se trabalha e estuda!" pensamos nós, inoncentes alunos de anos que não o 6º. No entanto, o 6º ano chega. E aí é o caos.

De facto, é trabalhar e estudar. Mas trabalha-se muito, e estuda-se demais. E isto, como não poderia deixar de ser, tem impacto nas nossas vidas. As olheiras começam a mostrar-se nas caras mais cansadas, a falta de vontade reina durante a maior parte do dia, e a irritabilidade e grandes alterações de humor começam a fazer parte do quotidiano... a ponto das pessoas já nem ligarem. Já começa a entrar na normalidade, já começa a ser a rotina.

E depois, há o pequeno pormenor das unhas. Mais roídas que o habitual, para quem habitualmente as rói. A ponto de se ficar com uns dedos feios... e doridos...Mas hey, há sempre a esperança de deixar de as roer, de seguir o conselho deste ou daquele, de as pintar com um verniz qualquer, de fazer disso resolução de ano novo... Mas todos sabemos que essa esperança é das tais que se vai mantendo até mais não... porque abdicar deste pequenino vício é das coisas mais difíceis. Especialmente quando se está no 6º ano. Especialmente quando se está num estado irritável e com grandes alterações de humor. Especialmente quando um dos lemas favoritos é o da esperança ser a última a morrer. Portanto, deixa-se de roer as unhas amanhã. Hoje não, que hoje preciso de ler mais um capítulo disto, rever mais um capítulo daquilo, responder às perguntas de mais um capítulo de aqueloutro. Mas amanhã será de vez. Amanhã deixarei de as roer. Um amanhã sempre adiado para outro dia... um dia quando já não terei de enfrentar o temível 6º ano.

...Um dia em que enfrentarei coisas ainda piores, segundo me contam os internos.

O que nos vale a todos é que a vida é bela, e estamos todos à espera de um futuro melhor... um futuro que todos os dias nos vamos apercebendo, lentamente e como quem não quer a coisa, que não passa de uma utopia criada por quem precisa de ganhar coragem para ler apenas mais um parágrafo de algo secante e maçador.

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1 comments:

Sandra said...

O talento é feito na solidão; o carácter, nos embates do mundo.
(Goethe)

Pensa assim...pior tou eu que ainda tenho mais anos para ultrapassar...e isto sem falar na tese de mestrado que terei de fazer...