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Malmequer



Mal me quer a solidão
Bem me quer a tempestade
Mal me quer a ilusão
Bem me quer a liberdade
Mal me quer a voz vazia
Bem me quer o corpo quente
Mal me quer a alma fria
Bem me quer o sol nascente
Mal me quer a casa escura
Bem me quer o céu aberto
Bem me quer o mar incerto
Mal me quer a terra impura
Mal me quer a solidão
Entre o fogo e a madrugada
Mal me quer ou bem me quer
Muito, pouco, tudo ou nada...

~ Aldina Duarte ~

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2 comments:

Jotomicron said...

Muito bonito! Cada vez sou mais da opinião de que em poesia, mais simples é mais complexo, mais pequeno é maior.

Este passou a ser (se não para sempre, pelo menos temporariamente) um dos meus poemas perferidos!

caxemire said...

o poema é realmente muito bonito.

Mas, a pensar em poesia...só me lembro que metade do meu programa a Português vai ser sobre poesia...