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Uma questão de dias...

Os últimos dias são sempre os piores... ou serão eles os primeiros? Não sei... sei que os do meio são os que custam menos a passar.

Os primeiros, quando há aquela saudade extrema, aquele sentimento de ausência, o sofrimento quase que por antecipação... Porque só isso explica o vazio que se sente quando a despedida foi há apenas 5 minutos. A saudade não pode ser assim tanta quanto aquela que se sente nesses primeiros momentos, nesses primeiros dias.

Entretanto há ali um periodo, algures, muito mal definido, em que há uma habituação. Habitua-se a não contar o dia a dia, habitua-se a não falar das maiores banalidades, habitua-se a não se rir de parvoíces partilhadas, habitua-se a não receber uma mensagem "só porque sim" no telemóvel, habitua-se a não sentir a proximidade que nem um oceano é capaz de quebrar... E essa habituação ajuda a passar os dias seguintes... a rotina estabelece-se, e apesar das saudades, estas tornam-se mais toleráveis. Suspira-se de vez em quando, fica-se a olhar para o nada a pensar em tudo... mas suporta-se.

Mas os últimos dias começam a ser novamente de uma saudade extrema. Saber que cada vez mais se aproxima o dia em que se volta à rotina já experimentada, aquela que nos deixa num estado de tal felicidade que todo o mundo parece outro, mais bonito... e, no entanto, sabê-lo ainda tão longe! Ai, estes últimos dias são os que custam mais, sem dúvida.

Volta depressa... Pois eu tenho mesmo muitas saudades...

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