Powered by Blogger.
RSS

A cigarra e a Formiga


(segundo Bocage)

Tendo a cigarra em cantigas
Passado todo o verão
Achou-se em penúria extrema
Na tormentosa estação.

Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga,
Que morava perto dela.

Rogou-lhe que lhe emprestasse,
Pois tinha riqueza e brilho,
Algum grão com que manter-se
Té voltar o aceso estio.

- "Amiga", diz a cigarra,
- "Prometo, à fé d'animal,
Pagar-vos antes d'agosto
Os juros e o principal."

A formiga nunca empresta,
Nunca dá, por isso junta.
- "No verão em que lidavas?"
À pedinte ela pergunta.

Responde a outra: - "Eu cantava
Noite e dia, a toda a hora."
- "Oh! bravo!", torna a formiga.
- "Cantavas? Pois dança agora!"




Moral da História:

Tentando ser formiga, e preparar-me para o amanhã que tão depressa teima em chegar, confronto-me com a estranha sensação que é encontrar em mim mais semelhanças com a cigarra...

... O que me leva a tirar uma conclusão importante - tenho de aprender a dançar! :)


(Ao menos, que haja boa disposição!)

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

3 comments:

Pinóquio de Alfama said...

boa disposição é essencial.


alice

sofia said...

O ideal é ser um mix entre a cigarra e a formiga :)

Sandra said...

ai ai...amanha, amanha...vai ser um dia muito longo...e produtivo, espero!